segunda-feira, 2 de março de 2009

MST - MAIS UMA NA TERRA DA IMPUNIDADE.

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Às 2 de março de 2009 às 10:33 , Blogger IRIDIUM08 disse...

Integrantes do MST executam quatro homens em Pernambuco. Até quando esse bando de delinquentes terá licença para afrontar a lei?

Começou com um bate-boca entre um grupo de sem-terra e cinco homens contratados para evitar que a fazenda Jabuticaba, no agreste pernambucano, reintegrada por ordem judicial, fosse novamente invadida por membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST. Dos seguranças, apenas João Arnaldo da Silva, de 40 anos, era profissional. Rafael Erasmo da Silva, de 20, e Wagner Luís da Silva, de 25, trabalhavam como mototaxistas em São Joaquim do Monte, a 137 quilômetros do Recife. José Wedson da Silva, de 20, e Donizete Souza, de 24, eram agricultores. Para fazerem bico como guardas, eles recebiam de 20 a 30 reais por dia trabalhado. Naquele sábado, era João quem estava à frente da discussão com os sem-terra, numa fazenda vizinha à Jabuticaba. No meio da briga, um dos invasores acertou-lhe um tiro na perna. João caiu e, imediatamente, recebeu uma bala na cabeça. Rafael, ao seu lado, foi o segundo a ser morto – também com um tiro na cabeça, que trespassou o capacete de motociclista que ele usava. Ao ver os colegas tombarem mortos, Wagner, Wedson e Donizete correram. Donizete conseguiu escapar. Wagner e Wedson, alcançados pelos sem-terra 1 quilômetro adiante, foram igualmente mortos como cães. Wagner levou um tiro na perna e dois na cabeça, um deles na nuca. Wedson recebeu um tiro na perna e dois no rosto – morreu de braços abertos, como quem pede clemência.

Com base nas marcas dos tiros e no depoimento de duas testemunhas oculares, o delegado Luciano Francisco Soares diz que os assassinatos não foram cometidos em legítima defesa, como afirma o MST. "As vítimas foram executadas", resume ele. A polícia prendeu em flagrante e indiciou por homicídio qualificado Aluciano Ferreira dos Santos, líder do MST na região, e Paulo Alves, participante do grupo. Eles são acusados de perseguir e matar Wagner e Wedson. Os dois sem-terra apontados como assassinos de João e Rafael estão foragidos. Depois do crime, o MST teve o desplante de pedir "proteção" policial para seus integrantes. Como se isso não bastasse, o coordenador nacional do movimento, Jaime Amorim, numa declaração que deixa evidente a régua moral pela qual seu grupo se pauta, afirmou: "O que matamos não foram pessoas comuns. Eles foram contratados para matar, eram pistoleiros violentos". É mais uma declaração delinquente de um dos chefões do bando que, a pretexto de lutar pela reforma agrária, aterroriza o campo brasileiro desde 1990. Naquele ano, durante uma manifestação no centro de Porto Alegre, uma turba de sem-terra cercou um carro de polícia e, a golpes de foice, degolou o cabo Valdeci de Abreu Lopes, de 27 anos. Desde então, ao menos outros quarenta integrantes do MST foram acusados de homicídio (dois deles já foram condenados em primeira instância).

O recrudescimento das ações dos sem-terra obedece a calendário e motivo bem definidos. Às vésperas de um ano eleitoral, MST e congêneres querem continuar a receber vultosos repasses governamentais – o que implica a permanência do PT no governo federal. "Eles desejam preservar suas fontes de financiamento e também garantir a impunidade da qual vêm sendo beneficiários até agora", diz o filósofo Denis Rosenfield. Não por coincidência, foi o Pontal de Paranapanema, em São Paulo, o lugar escolhido para o "Carnaval Vermelho" dos sem-terra ligados a José Rainha, protegido das cabeças mais coroadas do petismo. Durante o feriado, vinte fazendas foram invadidas no território do tucano e presidenciável José Serra.

Por meio do embrutecimento de seus métodos ou do puro e simples banditismo, os sem-terra tentam influenciar os rumos das eleições em seu favor. É preciso lembrar que, quando assumiu o poder, a cúpula do PT gostava de dizer a empresários, fazendeiros, integrantes da oposição e jornalistas que, como o partido era o único capaz de colocar um freio nos sem-terra, ele representava uma garantia de paz no campo. Ou seja, ao intensificar suas ações, o MST volta a transmitir a mensagem de que os petistas não podem ser desalojados do governo federal, sob pena de os sem-terra se tornarem ainda mais virulentos. É uma chantagem política tácita. Numa semana em que os bandidos de Pernambuco posaram de vítimas, os assassinados viraram culpados e autoridades federais mais uma vez se mostraram complacentes com os criminosos, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, veio a público para pôr as coisas nos seus devidos lugares. Para isso, não teve de recorrer a nada além do óbvio. O ministro lembrou que: 1) quem invade terra alheia está afrontando a lei; 2) quem afronta a lei não pode receber dinheiro do governo; e 3) no estado de direito, a lei vale para todos. Simples assim. Complicado assim, em se tratando do Brasil.

FONTE: VEJA

 

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