terça-feira, 30 de dezembro de 2008

O USO DA LIBERDADE CONTRA ELA MESMA.

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Às 30 de dezembro de 2008 às 02:50 , Blogger IRIDIUM08 disse...

LIVRES PARA PREGAR O TERROR !

O terrorismo em Londres foi o fruto maldito de uma qualidade inglesa, a tolerância para com os exilados. Nas últimas duas décadas, o país converteu-se em refúgio para o clero muçulmano que prega a guerra santa. O xeque Omar Bakri Mohamed foi expulso da Arábia Saudita e hoje vive do dinheiro da Previdência Social inglesa, o fanático egípcio Abu Hamza, de gancho e olho de vidro, foi preso depois de passar anos pregando o ódio e Anjem Choudary outro que tambem defendeu os atentados em Londres, são exemplos desta tolerancia britanica. Não é preciso convocar Sherlock Holmes para chegar aos cabeças ideológicos do terror. Trata-se dos clérigos que pregam abertamente a violência e são respeitados como autoridades religiosas pela comunidade muçulmana inglesa. É triste, mas os acontecimentos na Inglaterra comprovam que a principal ameaça terrorista às cidades européias não vem do exterior, mas de ovelhas ensandecidas do rebanho muçulmano, muitas das quais vivem há anos ou mesmo nasceram no continente.

É o paradoxo da tragédia inglesa: seu povo está sendo trucidado em metrôs e ônibus por aqueles a quem estendeu a mão e, em muitos casos, salvou a vida. Nas últimas duas décadas, as portas mantidas abertas para dissidentes políticos foi aproveitada também por fanáticos e assassinos que em seu país de origem estariam mortos ou presos. São figuras inabaláveis na cegueira em relação à dor alheia e intransigentes na propagação do ódio. O xeque Omar Bakri Mohamed, nascido na Síria, chegou à Inglaterra em 1985 depois de ser expulso da Arábia Saudita. Agora culpa publicamente os próprios ingleses pelos atentados, com o argumento de que estão pagando o merecido preço pela participação de suas tropas na guerra no Iraque. Mohamed, que prega a guerra santa e incita os jovens a cometer atentados suicidas, vive há vinte anos com os benefícios sociais concedidos pela Inglaterra. Estima-se que já tenha colocado no bolso 450.000 euros pagos pelo povo que abomina e quer ver morto. É um ingrato que não apenas cospe no prato que comeu, mas também quer destruí-lo.

Ian Blair, chefe da Scotland Yard, disse que, nos últimos anos, a polícia tentou convencer a promotoria pública a processar vinte radicais islâmicos, mas só foi atendida em um dos pedidos. Os ataques na capital inglesa devem mudar essa política de condescendência. O primeiro sintoma dessa mudança ocorreu quando a polícia perseguiu um suspeito de terrorismo e o matou com cinco tiros numa estação do metrô – logo a polícia inglesa, que tradicionalmente nem usa armas. O governo britanico quer agora alterar as leis antiterror para cortar de vez as garras do clero fanatizado. A primeira mudança será transformar em crime a posse de explosivos. Ensinar ou incentivar outros a cometer atos terroristas também será crime. O que mais preocupa os muçulmanos é a terceira lei proposta, a que bane quem incita indiretamente o terrorismo. Se for aplicada a todos aqueles que encorajam, com palavras e donativos, a guerra santa islâmica, quem estará a salvo? Os clérigos estrangeiros serão os primeiros a ser atingidos. Não sobrará espaço para Abu Qatada, considerado o embaixador de Osama bin Laden na Europa. Ele vive abertamente em Londres e fez coro a colegas, culpando as vítimas pelos atentados em Londres, como se a matança de inocentes fosse um gesto de defesa contra a guerra no Iraque, onde a Inglaterra tem tropas.

Cresce entre os ingleses a certeza de que não poderão deixar de temer novos ataques terroristas enquanto os muçulmanos, que representam 4% da população, permitirem a existência em seu meio de apóstolos da violência. Essa barulhenta minoria fanatizada tem o apoio tácito de uma parcela relevante da população islâmica. Na Inglaterra, um em cada oito muçulmanos considera o terrorismo justificável. O governo convenceu-se de que essa fonte de formação de potenciais terroristas precisa ser estancada com a ajuda ativa dos muçulmanos contrários ao terrorismo.

Do seu ponto de vista, os muçulmanos foram atacados por uma conspiração de "judeus e cruzados" e o terrorismo é a melhor resposta. Choudary não suporta a visão de líderes lamentando os atentados ou explicando que o Islã prega a paz. "Quem dá a outra face são os cristãos", sustenta. "Os muçulmanos se defendem com as armas de que dispõem." O raciocínio de Choudary tem a clareza peculiar do fanatismo. Ou seja, é irrefutável por argumentos lógicos, pois expressa ilusão sem pé na realidade. A questão que precisa de resposta é por que tais disparates soam tão sedutores entre muçulmanos que recebem o que de melhor tem a civilização ocidental, que são a tolerância religiosa e os direitos de cidadania. O esforço dos clérigos fanáticos, que agem livremente há anos, pregando a violência, se traduz na farta quantidade de jovens muçulmanos nascidos e criados na Inglaterra que se engajaram na jihad para combater no Iraque ou matar os próprios vizinhos. Nesse contexto, a invasão do Iraque ajudou a inflamar o ódio muçulmano, especialmente contra a Inglaterra e os Estados Unidos, e facilitou o trabalho daqueles que recrutam carne para canhão para os atentados.

Muçulmanos paquistaneses protestam contra a prisão de terroristas ligados aos atentados em Londres. Antes dos ataques, dois dos terroristas estiveram no Paquistão

Há boas razões para duvidar que os líderes moderados serão capazes, como espera o governo britânico, de barrar o recrutamento de terroristas entre os jovens ingleses. Eles têm pouca ou nenhuma influência sobre os fanáticos que já foram cooptados por clérigos exacerbados. Por outro lado, a disposição de ajudar no combate ao terror, ainda que não sirva para convencer os radicais a recolher suas bombas, é importante para evitar que outros jovens muçulmanos sigam pelo mesmo caminho. "Uma medida importante que os moderados podem adotar é reformular o sistema educacional das madraçais, escolas religiosas islâmicas, que ensinam a odiar o Ocidente, os judeus e os cristãos", disse a VEJA o psiquiatra americano Jerrold Post, autor de um livro sobre fanatismo. "A educação pode impedir que a próxima geração de muçulmanos seja atraída por ideais extremistas."

A violência por "causa justa" na Palestina, no Líbano e na Bósnia ajudou a formar uma opinião pública favorável ao terrorismo nos países muçulmanos. A boa notícia é que a população já está dando mostras de impaciência em relação à violência terrorista, como indica um estudo da fundação Pew, com sede nos Estados Unidos. A pesquisa revelou que a grande maioria da população dos países muçulmanos agora é contra os atentados suicidas como estratégia para defender o Islã e que o número dos que aprovam as táticas de Osama bin Laden diminuiu nos últimos anos. Uma notável exceção é o Paquistão, onde 51% dos entrevistados disseram apoiar o criador da rede terrorista Al Qaeda, mais do que há dois anos, quando essa aprovação era de 45%. Não por acaso, três dos quatro terroristas que se explodiram nos atentados de 7 de julho passaram por temporadas em madraçais do Paquistão. Na semana passada, a pedido de Tony Blair, o governo paquistanês fez uma limpa nessas escolas, prendendo 200 suspeitos de ligações com o terrorismo.

FONTE: VEJA

 

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