segunda-feira, 24 de maio de 2010

ORGULHO DA MINHA TERRINHA (SP) II

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Às 26 de maio de 2010 às 08:28 , Blogger IRIDIUM08 disse...

“São Paulo figura entre os destinos internacionais de quem viaja em busca de medicina de qualidade”.

São Paulo recebe 11,5 milhões de turistas por ano. Eles vêm para trabalhar, estudar, comprar, passear e... cuidar da saúde. No ano passado, 900 000 pessoas estiveram na cidade para realizar algum tipo de tratamento médico ou estético. Destas, 50 000 vieram de fora do Brasil, sobretudo dos Estados Unidos, Angola e países da Europa e América Latina. E esse volume vem crescendo. Para se ter uma ideia, em 2009 o Hospital Sírio-Libanês atendeu 2 190 pacientes estrangeiros, 29% a mais do que no ano anterior.

A boa qualidade dos médicos e hospitais e os custos mais baixos são os dois principais motivos que atraem estrangeiros a São Paulo. Um implante de silicone nos seios, por exemplo, custa, em média, 16 000 reais nos Estados Unidos. Por aqui, o procedimento sai por um terço desse valor. Foi por isso que a suíça Sabrina Hagmann, dona de um salão de beleza em Zurique, resolveu ficar longe do seu negócio, do marido e do filho de 8 anos por um mês. No mesmo dia, ela foi submetida a redução de mama e implante de silicone, abdominoplastia, lifting de coxa e lipoaspiração.

“Em meu país, eu pagaria o equivalente a 80 000 reais pelas cirurgias. Aqui, gastei praticamente um quarto disso, 23 000 reais”, diz. “E fiquei encantada com o bom atendimento.” Assim como Sabrina, a angolana Áurea Octávio veio ao Brasil pensando em gastar menos e ter sucesso na realização de um sonho muito antigo: ter um filho. Aos 38 anos, ela desejava ser mãe desde os 22. Já havia ido à África do Sul, onde gastou o equivalente a 27 000 reais por um tratamento de fertilização que só dava direito a uma única tentativa de engravidar. Em vão. Aqui, ela pagou 20 000 reais para repetir o procedimento por três vezes na clínica Fertility, que lhe concedeu descontos de 30% sobre o valor que normalmente cobra. A terceira teve sucesso, e Áurea está esperando trigêmeos há doze semanas.

Entre os atrativos de quem vem a São Paulo para cuidar da saúde está o custo dos procedimentos. Compare os preços médios em real com os praticados em outros países que enviam pacientes ao Brasil Para receberem os pacientes que vêm de longe, clínicas e hospitais têm investido numa estrutura especial. É o caso do Albert Einstein, do Sírio-Libanês, do Oswaldo Cruz, do Samaritano e do Incor.
No mês passado, Maria Teresa de Paz Estenssoro, viúva do ex-presidente boliviano Víctor Paz Estenssoro, esteve internada no Einstein para realizar uma cirurgia de coluna depois de sofrer uma queda em Santa Cruz de la Sierra, onde vive. “Em nosso país, minha mãe só poderia ser atendida em La Paz, que fica a quase 4 000 metros de altitude. Ela não teria condições de ser levada para lá porque sofre de problemas circulatórios”, conta Moira Paz Estenssoro, filha da paciente. “Como alternativa, decidimos vir a São Paulo devido ao prestígio internacional do Einstein.” Em busca de medicina de qualidade, a família Paz Estenssoro viajou outras vezes. Foi aos Estados Unidos e à França, por exemplo. “Hoje, graças à qualidade do atendimento médico no Brasil, podemos nos deslocar para mais perto.” Não está muito distante o tempo em que esse fluxo de viagens era inverso.

Até o fim da década de 90, era muito comum que brasileiros endinheirados fossem ao exterior em busca de medicina de qualidade. “Hoje os pacientes se sentem suficientemente seguros para entregar sua saúde aos profissionais do Brasil”, afirma o infectologista David Uip. “Isso só aconteceu porque o país investiu em capacitação pessoal e tecnológica.”

FONTE: VEJA

 

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