terça-feira, 29 de setembro de 2009

A REVOLUCAO (youtube) DENTRO DA REVOLUCAO (internet) !!!

1 Comentários:

Às 29 de setembro de 2009 às 05:40 , Blogger IRIDIUM08 disse...

O YouTube, o site de vídeos mais popular da internet, está transformando a relação
do espectador com o mundo da imagem.

Às vezes as pessoas não percebem imediatamente que uma revolução está em andamento. É o que acontece agora em torno do site YouTube, que se tornou um dos mais populares. De 2,5 milhões de visitantes mensais há cerca de um ano, sua audiência pulou para quase 50 milhões em julho passado. O que ele oferece? Clipes de no máximo doze minutos, que os próprios usuários acrescentam ao acervo, a respeito de quaisquer assuntos. Lá estão filmagens históricas, trechos de seriados ou novelas, vídeos independentes, cenas caseiras de um bebê sorrindo ou de bichinhos de estimação. Qual a graça? A primeira é a de que 100 milhões desses clipes são baixados diariamente por usuários de todas as partes do mundo. A segunda é a de que o YouTube significa que embrionariamente o YouTube e seus concorrentes estão reinventado a maneira como as pessoas vêem televisão.

Não é pouca coisa. A internet tem uma capacidade quase infinita de armazenar dados, e seus servidores são enriquecidos segundo a segundo de maneira voluntária por milhões de fornecedores de conteúdo – os próprios usuários. Nenhuma rede de televisão pode concorrer em ineditismo e variedade com o YouTube. O mundo inteiro assistiu, por exemplo, às imagens de Fidel Castro num leito de hospital recebendo a visita do colega venezuelano Hugo Chávez. As televisões mostraram o encontro em um pequeno flash de alguns segundos. Pois no YouTube tem-se imagens, com sons, de quase dez minutos da visita. Quem se interessa por tanta intimidade com dois dos mais detestáveis tiranos da atualidade? Pouca gente. Mas quem quiser ver está lá.

A história de sucesso do YouTube soa como várias outras que se conhecem no mundo da internet: numa garagem no Vale do Silício, região que concentra a indústria de alta tecnologia nos Estados Unidos, dois engenheiros de 20 e poucos anos, Chad Hurley e Steve Chen, desenvolveram uma nova ferramenta com o intuito de facilitar a troca de vídeos de uma festa de sua turma sem entupir a caixa de e-mails ou travar o computador dos amigos. O boca-a-boca fez com que o número de usuários explodisse. Hoje, vêem-se mais de 100 milhões de vídeos por dia no site. E ele cresce como um organismo vivo: todos os dias, 35.000 novas "atrações" são acrescentadas a seu acervo pelos usuários.

A internet tem capacidade de amplificar a um nível surpreendente fatos que de outra forma teriam tudo para passar despercebidos. Qualquer gafe cometida no ar é disseminada graças a ela em questão de horas (ou minutos). Quando o apresentador esportivo Fernando Vanucci surgiu no vídeo meio grogue, durante a Copa do Mundo, o vexame foi visto na rede por mais de 1 milhão de pessoas, audiência seis vezes superior à de seu programa na Rede TV!. A gafe do cantor sertanejo Daniel, que elogiou por engano o Teleton, campanha beneficente do SBT, num show do Criança Esperança, da concorrente Globo, também passaria batida não fosse sua divulgação no YouTube – para azar de Daniel, as imagens entraram até no ranking semanal das mais vistas no mundo.

Não por acaso, empresas como o McDonald's vêm deslocando seus investimentos em propaganda das redes de TV para a internet. Pode-se aplicar a mesma lógica ao mundo da imagem. Tudo o que prende a atenção numa tela – um monitor de computador, de videogame ou de televisão sendo usado para algum outro fim – é competição para as grandes redes.

Outra dúvida que paira sobre o YouTube diz respeito aos direitos autorais. O site tem como conduta retirar do ar os vídeos que geram reclamações de empresas e artistas, mas parece uma missão impossível filtrar tudo o que é postado nele. Os mais céticos apostam que ele poderá tornar-se para o mercado de vídeo na internet aquilo que o Napster representou para a troca de música na rede: uma iniciativa pioneira que se afundou numa enxurrada de processos. Pode até ser. Mas, assim como o Napster mudou a indústria da música, a revolução do YouTube já estará consumada.

FONTE: VEJA

 

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial