quinta-feira, 12 de junho de 2008

CONSEQUENCIAS DAS ESCOLHAS DOS CARIOCAS !

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Às 12 de junho de 2008 às 10:15 , Blogger IRIDIUM08 disse...

Nos últimos anos, o Rio de Janeiro, em especial a cidade, tem vivido a angústia da criminalidade crescente e da inação da polícia. Duas décadas atrás, isso ocorria porque o ex-governador Leonel Brizola se perdia em ações de puro populismo. A polícia não subia às favelas para combater vendedores de drogas e, com isso, o tráfico se desenvolveu como um câncer pelas encostas da capital fluminense. A escadinha do populismo, é claro, produziu oportunidades. No governo Garotinho criou-se uma engrenagem de arrecadação marginal, revelada agora. Também nesse período, milícias de policiais passaram a disputar espaço com traficantes no domínio de territórios em favelas e, uma vez instalados, eles começaram a explorar o jogo de caça-níqueis – além de ganhar em cima de atividades como distribuição de gás, canais de TV piratas e transporte alternativo.

Cada um a seu modo, os governos Brizola e Garotinho foram terríveis para a segurança no Rio de Janeiro. O efeito da infiltração de grupos criminosos e corruptos na máquina estatal foi devastador. Inclusive porque minou a confiança dos cidadãos nas instituições. Na Chicago do período da Lei Seca, que vigorou entre 1920 e 1933, a organização criminosa controlada por Al Capone não só espalhou o medo e a violência pelas ruas da cidade como pôs na cadeira de prefeito, por três mandatos, o gângster "Big Bill" Thompson. O Rio de Janeiro que surge das páginas do inquérito da Polícia Federal ao longo da operação Segurança Pública S.A é a Chicago brasileira.

Experiências internacionais recentes mostram que é possível limpar a corporação policial. Um dos exemplos pioneiros ocorreu em Hong Kong. Até os anos 70, a cidade tinha uma polícia tão corrupta que o chefe da corporação acabou fugindo para o exterior para não ser preso. O episódio inspirou a criação de uma agência anticorrupção com poderes para passar em revista todas as atividades policiais e aplicar pesadas punições. Ela acabou se tornando referência para outros países. Em Nova York, nos anos 90, policiais envolvidos com o crime foram afastados e novos agentes foram treinados para preencher os cargos de confiança em setores estratégicos da polícia. A faxina incluiu até mesmo uma mudança de uniformes, para romper com qualquer associação com a imagem de banditismo que a corporação tinha no passado. A operação da última semana pode representar um marco na tentativa de limpar a corrupção na máquina fluminense. Mas é preciso que o trabalho não pare por aqui. Diz o procurador Paulo Fernando Corrêa: "O que chegou às nossas mãos é só a pontinha de um iceberg".

A quadrilha que agia na Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro montou um verdadeiro balcão de negócios escusos, que operava a partir da cúpula da Polícia Civil

Os policiais não reprimiam o funcionamento de máquinas caça-níqueis em regiões da cidade em que bicheiros exploram essa atividade. Além disso, facilitavam o contrabando para o funcionamento dessas máquinas

Boa parte dos recursos provenientes da ação da quadrilha foi usada na aquisição de bens e imóveis colocados em nome de "laranjas" do deputado Álvaro Lins

A quadrilha vendia proteção ao grupo do bicheiro Rogério Andrade, sobrinho de Castor de Andrade, morto em 1997. Além disso, os policiais faziam operações para reprimir contraventores inimigos de seus protegidos

A quadrilha nomeava policiais de sua confiança para chefiar delegacias. Os indicados tinham a incumbência de fazer repasses mensais ao bando, provenientes da cobrança de propina. A caixinha servia para enriquecimento do grupo e para campanhas políticas.

FONTE:VEJA

 

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